Não, meu amigo filósofo, não creio em vazio da existência, porém vejo muitas existências vazias...

O Deus que há em ti



Na doença e na morte

Lembraste de Deus

Agora se faz de humilde

Roga e chora

Pede perdão e faz promessas

Agradece de coração


Deus te dá nova vida

Tu logo esquece quem te deu

Depois esquece que sofreu

E em tua memória

Tu externa momentos felizes

E soterra tua dor


Outra dor irá surgir

A alegria é seu presságio

Novamente Deus vem te dizer

Tu és meu filho

Não que Ele te queira infeliz

Mas te quer na Unidade

Na união com o Todo

Algo não limitado

A prazeres mundanos

O ser total e infinito

Além de ti mesmo

Em ti mesmo um Deus


 


Quero ver como está Francisco 

Que pássaros o acompanham

E por que cidades ele tem passado

Se o inverno foi rigoroso este ano

E se recebeu muitas dádivas 

De não ter nenhum alimento

E de lhe baterem a porta na cara


Ah! Meu amigo, meu irmão, meu pai

Quanta coisa tu nos tem a ensinar 

Quão distante puseste tua humildade 

Numa altura que mal podemos ver

Quanto mais de alcançar 

Rogamos tanto a Deus

Nossa hipocrisia é tamanha

Deve deixar-te assustado


Gratidão das gratidões

Tu que viestes a este mundo

Nada quisestes ter

E mesmo assim

A herança que deixastes 

Nunca irá esgotar-se


A PAZ QUE SE ANUNCIA


O sangue derramado

Pelo corte da espada

Mais um homem morto em batalha

Por quem forjou a discórdia


Investiguei meus pensamentos

Lá no fundo o orgulho

De quem travou uma disputa

E saiu derrotado


O mundo sempre me quis

E eu a ele me neguei

Nunca pude me adaptar

Uma alma vagando

Sem poder descansar


Só quero luz e um trabalho

Só que quero saber

É porque estou aqui

Talvez seja pedir demais

Por isso permaneço

Enquanto o mundo se vai



O Deus que há em ti

Na doença e na morte Lembraste de Deus Agora se faz de humilde Roga e chora Pede perdão e faz promessas Agradece de coração Deus te dá nova ...